quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Stevie Wonder - Innervisions (1973)

Título do álbum: Innervisions.
Artista/banda: Stevie Wonder.
Lançamento: 03 de Agosto de 1973.
Gravação: Abril - Julho de 1973, no Record Plant Studios (Califórnia) e no Media Sound Studios (Nova York).
Gênero(s): Soul, funk.
Duração: 44:12 aproximadamente.
Gravadora(s): Tamla.
Produção: Stevie Wonder, Robert Margouleff e Malcolm Cecil.
Nota: 5/5 (estrelas).



Stevie Wonder sempre foi um artista precoce, gravou seu primeiro disco aos 12 anos e aos 23 chegou ao amadurecimento musical.
A complexidade das composições impressiona abordando temas que até hoje seguem em pauta: drogas, ética política e religião são bons exemplos.
Aqui ele prossegue o desenvolvimento musical iniciado em Music of My Mind ao utilizar em larga escala sintetizadores, e faz valer a expressão “banda de um homem só” ao tocar a maioria dos instrumentos ao longo do álbum – é mínima a participação de outros músicos.
O disco transpira groove com os sons de baixo simulados em um moog – ele foi um dos primeiros artistas a experimentar esse tipo de artifício –, mas sempre de forma orgânica sem desvirtuar a pureza do som um minuto sequer. Possui poucas passagens com guitarra elétrica, sendo conduzido basicamente por instrumentos de teclas.
Num disco cheio de grandes momentos é difícil destacar alguma faixa, mas canções como “Too High” – onde ele mostra todo seu arsenal de timbragens vocais – e a denuncia contra o racismo de “Living for the City” chamam a atenção pelo impacto.
 “Visions” e “Jesus Children of America” revelam seu crescente interesse por religiões orientais e “He’s Misstra Know-It-All” toda sua insatisfação com o presidente Richard Nixon.
O groove poderoso de “Higher Ground” faz qualquer moribundo querer balançar – meses depois do lançamento de Innervisions foi esta música que ajudou Stevie a acordar do coma depois de um grave acidente automobilístico.
As baladas de amor “Golden Lady”, “All in Love Is Fair” e o r&b-latino otimista de “Don’t You Worry ‘bout a Thing” quebram o clima tenso ao trazer temas mais agradáveis.
Abordando temas tão dispares Innervisions poderia parecer esparso, muitas vezes fora de contexto pela singularidade das letras, mas a musicalidade natural de Stevie Wonder ajudou a colar tudo em um fundo musical extremamente agradável aos ouvidos.
Álbum essencial em qualquer coleção que mostra Stevie Wonder atingindo seu auge na melhor fase da sua carreira.

Faixas:

(Lado A)
“Too High”
“Visions”
“Living for the City”
“Golden Lady”

(Lado B)
“Higher Ground”
“Jesus Children of America”
“All in Love Is Fair”
“Don’t You Worry ‘bout a Thing”
“He’s Misstra Know-It-All”

Banda (formação):
Stevie Wonder (vocal, piano, piano-elétrico, sintetizador, baixo moog, clavinete, harmônica, bateria e percussão).

Músicos adicionais: Clarence Bell (órgão), David T. Walker (guitarra), Dean Parks (violão), Jim Gilstrap (vocal de apoio), Lani Groves (vocal de apoio), Larry Latimer (congas), Malcolm Cecil (contrabaixo), Ralph Hammer (violão), Scott Edwards (baixo), Sheila Wilkerson (bongô e güiro), Tasha Thomas (vocal de apoio), Willie Weeks (baixo) e Yusuf Roahman (chocalho).


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terça-feira, 27 de outubro de 2015

Odair José e a Saga da Primeira Ópera-rock Brasileira

“– Hei! Quem gravou a primeira ópera-rock brasileira?”
Se alguém lhe fizesse essa pergunta simples você saberia a resposta?
Se sim, parabéns! Se não, qual é o primeiro artista/banda que vem a sua cabeça?
Será que foi o Raul? Mutantes? Secos & Molhados? Titãs? O Terço? Ou será alguma banda brasiliense dos anos 80?
Não meus caros, o primeiro músico brasileiro a gravar uma ópera-rock foi o popularesco Odair José. Sim! Isso mesmo!!!

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Melhores Álbuns de 1962


Na terceira parte da nossa lista estamos em 1962. O presidente Kennedy aprova o embargo total contra Cuba. O Brasil era bicampeão da Copa do Mundo e vários países africanos conseguem a independência de seus colonizadores. Na música o revival folk ganha força com artistas menos tradicionais e mais politizados. O jazz continua forte enquanto o samba e a bossa nova chegam aos EUA e eram quebradas as barreiras musicais com mistura de gêneros e bandas multirraciais

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Procol Harum - Shine on Brightly (1968)

Título do álbum: Shine on Brightly.
Artista/banda: Procol Harum.
Lançamento: Setembro de 1968.
Gravação: 1967-68, no Advision Studios, De Lane Lea Studios e Olympic Studios (Londres).
Gênero(s): Progressive rock, psychedelic rock.
Duração: 39:09 aproximadamente.
Gravadora(s): Regal Zonophone (Reino Unido) e A&M (EUA).
Produção: Denny Cordell.
Nota: 4 / 5 (estrelas).



O segundo álbum dos ingleses do Procol Harum pode não ser liricamente tão inspirado quanto seu antecessor, mas é um disco composto por músicas poderosas que os ajudou a se consolidar como um dos grandes grupos dos anos 60.
A primeira metade do disco é um apanhado de canções ao estilo gospel – “Quite Rightly So” e a faixa-título – com um toque sofisticado de piano e órgão, e outras uma mistura elegante de blues e psicodelismo – “Skip Softly (My Moonbeams)”, “Wish Me Well” e “Rambling On” – com licks inspirados do guitarrista Robin Trower e a cozinha sempre firme de B.J. Wilson e Dave Knights.
Se resumíssemos o álbum somente em seu primeiro lado teríamos apenas um bom disco de uma grande banda. O tesouro escondido que eleva o nível do disco para clássico está no lado dois, na pérola proto-progressiva “In Held ‘Twas in I”.
Provavelmente a primeira canção megalomaníaca do rock. Uma suíte milimetricamente pensada e dividida em cinco partes distintas durante seus quase 17 minutos. Traz elementos marcantes da ópera e da música clássica. Uma canção que antecipa em 10 anos o que Roger Waters elaborou para The Wall.
Apesar das belas canções e das letras profundas, o grande mérito do Procol Harum em Shine on Brightly foi de criar uma ponte que partia do rock psicodélico e terminava em uma das primeiras obras progressivas da história.

Faixas:

(Lado A)
“Quite Rightly So”
“Shine on Brightly”
“Skip Softly (My Moonbeams)”
“Wish Me Well”
“Rambling On”

(Lado B)
“Magdalene (My Regal Zonophone)”
“In Held ‘Twas in I”: a)”Glimpses of Nirvana” / b)”Twas Teatime at the Circus” / c)”In the Autumn of My Madness” / d)”Look to Your Soul” / e)”Grand Finale”

Banda (formação):

Gary Booker (piano e vocal)
Matthew Fisher (órgão, piano e vocal)
Robin Trower (guitarra, violão e vocal)
Dave Knights (baixo)
B.J. Wilson (bateria)
Keith Reid (letras)


senha (descompressão): besouro

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Opinião Sobre a Possível Reunião do Guns n' Roses

Alguns rumores que tem rondado o meio do rock/metal e efervescido fãs do mundo todo dizem que finalmente Axl Rose e Slash fizeram as pazes e estariam planejando uma volta triunfante da formação clássica do Guns n’ Roses.
O texto a seguir representa minha opinião a cerca dos fatos e o que eu espero de uma reunião do grupo mais adorado dos anos 80-90.
 
Da esquerda para a direita: Izzy Stradlin, Steven Adler, Axl Rose, Duff McKagan e Slash.

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Melhores Álbuns de 1961


Continuando nossa lista de melhores álbuns do ano. Estamos agora em 1961, ano em que John F. Kennedy toma posse como presidente americano e começa a construção do Muro de Berlim. Enquanto o Brasil se reaproxima da União Soviética os EUA cortam relações com Cuba. Na música começava um revival do blues com Robert Johnson, Jimmy Reed (e outros). O rock britânico pré-Beatles começa a surgir com força, mas o jazz ainda é predominante em termos de qualidade.

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Mott the Hoople - Mott the Hoople (1969)

Título do álbum: Mott the Hoople.
Artista/banda: Mott the Hoople.
Lançamento: Novembro de 1969.
Gravação: Maio - Julho de 1969, no Morgan Studios (Londres).
Gênero(s): Rock.
Duração: 38:26 aproximadamente.
Gravadora(s): Island (Reino Unido) e Atlantic (EUA).
Produção: Guy Stevens.
Nota: 4 / 5 (estrelas).





Assim como outros jovens grupos do Reino Unido o Mott the Hoople começou como um projeto do produtor Guy Stevens.
Curiosamente a peça central do grupo, o vocalista Ian Hunter, acabou entrando de ultima hora pouco antes de começarem a gravação deste primeiro disco.
Neste ponto ainda buscavam uma identidade própria e apoiavam-se em seus ídolos para criar um som melodicamente interessante e poderoso. Os vocais à la Dylan de Ian Hunter ecoam por todos os cantos assim como a sonoridade arrogante no estilo dos Stones do guitarrista Mick Ralphs.
As melhores faixas concentram-se no lado um: o rock afiado de “You Really Got Me” – cover instrumental dos Kinks –, as baladas dylanescas “Laugh at Me” e “Backsliding Fearlessly”.
O lado dois é mais maçante com duas faixas instrumentais e a quase paroquial “Half Moon Bay”. O primeiro hit do grupo “Rock and Roll Queen” – qualquer semelhança com o riff de “Bitch” não é mera coincidência – ajuda a levantar esta segunda metade.
Apesar de não ter uma sonoridade definida Mott the Hoople é um álbum interessante com belas harmonias de teclas e rockões na medida certa.
A estreia de uma banda imatura que ainda teria muito para mostrar.

Faixas:

(Lado A)
“You Really Got Me”
“At the Crossroads”
“Laugh at Me”
“Backsliding Fearlessly”

(Lado B)
“Rock and Roll Queen”
“Rabbit Foot and Toby Time”
“Half Moon Bay”
“Wrath and Wroll”

Banda (formação):

Ian Hunter (guitarra, piano e vocal)
Mick Ralphs (guitarra e violão)
Verden Allen (órgão)
Pete “Overend” Watts (baixo)
Dale Griffin (bateria)


Músicos adicionais: Guy Stevens (piano).


Senha (descompressão): besouro

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

10 Fatos que Comprovam a Importância dos Beatles para a Cultura Pop Mundial

Falar sobre a importância dos Beatles para o rock and roll é chover no molhado. No entanto, a passagem do “Fab Four” pelo mundo não rendeu apenas hits conhecidos mundialmente ou álbuns geniais. Além de ajudar na globalização do rock, John, George, Ringo e Paul também influenciaram de diversas maneiras – e diferentes níveis – o mundo pop comercial.
A seguir tentarei listar algumas das principais inovações ou conceitos criados por eles ou por causa deles:
 
Da esquerda para direita: George Harrison, John Lennon, Ringo Starr e Paul McCartney.

(A lista não segue nenhuma ordem de colocação, são apenas fragmentos impossíveis de serem qualificados por sua real importância).